ENTENDENDO O PADRÃO ATA / UDMA - PARTE 1
Antonio Vilhena
Quais são os diferentes
tipos de ATA?
A organização chamada "National Committee on Information Technology
Standards" (NCITS) define os padrões/especificações para ATA de tal
forma que todos os fabricantes de drives e micros tenham regras básicas iguais
para poderem trabalhar e fazerem seus desenvolvimentos. A NCITS definiu 6 versões
de ATA até agora:
- ATA-1: O padrão ATA original era o ATA-1.
Ele foi desenvolvido em 1988, alguns anos depois do padrão SCSI ser
definido. Ele introduziu o conector de 40 pinos e o cabo tipo ribbon ("ribbon
cable"), asim como as opções de configuração e seleção de master/slave/cable select.
Ele também definiu especificações para o "signal timing for Programmed I/O"
(PIO) e o modo de acesso direto à memória (Direct Memory Access - DMA)
e os parâmetros de disco Cylinder Head Sector (CHS) e Logical
Block Address (LBA). Outra grande inovação introduzida no ATA-1 foi o
comando de identificar o disco (Identify Drive command), onde o
programa de configuração (setup) da BIOS poderia usar para auto-detectar
as especificações do disco. Nos discos antigos era necessário que a
configuração fosse colocada na BIOS manualmente, seja através de
identificação do "tipo de disco", seja através da entrada de
informação do número de cilindros, cabeças, etc.
- ATA-2: O padrão ATA-2 saiu em 1996.
Ele adicionou a capacidade de usar outros dispositivos de armazenamento na
interface ATA, e não apenas discos rígidos. Este padrão também permitiu PIO
e modos de transferência DMA mais rápidos, suporte para discos PC-Card (PCMCIA),
e suporte para gerenciadores de energia que permitiam que o disco rígido
diminuísse sua velocidade depois de um certo período sem uso para economia
de energia (especialmente para os alimentados por bateria em um notebook). E
finalmente, o padrão definiu também a tradução CHS/LBA para discos de
até 8.4 GB. O padrão ATA-2 também foi conhecido por outros nomes como Fast-ATA, Fast ATA-2,
e EIDE, contudo, nem todos os fabricantes concordam que o ATA-2 é realmente
EIDE.
- ATA-3: foi uma pequena atualização
do padrão ATA-2 em 1997. O ATA-3 adicionou suporte para a tecnologia SMART,
adicionou o modo de segurança por proteção de senha, e eliminou o
protocolo de transferência de 8-bit DMA. Discos do padrão ATA-3 são
referenciados como EIDE.
- ATA-4: Esta revisão do padrão ATA
em 1998 introduziu o Ultra DMA (UDMA), com taxas de transferência de até 33 Mbps.
Este padrão também é conhecido como UDMA/33 ou
Ultra ATA/33. O UDMA/33 opera duas vezes mais rápido que o mais rápido PIO
ou modo DMA. Para poder usufruir desta vantagem, sua placa-mãe ou
controladora devem possuir o suporte para UDMA/33 ou maior. O UDMA/33 usa
CRC (cyclical redundancy checks) para garantir que o dado que está
sendo escrito está correto. O padrão ATA-4 também introduziu o suporte
para o opcional de cabo ribbon cable de 80-fios/40-pinos que ajuda a
reduzir o ruído e resistência (crosstalk) e integra o padrão AT Attachment Packet Interface (ATAPI),
que vinha sendo um padrão com definições em separado. Esta integração
permitiu que discos, CD-ROM, fitas, e outros dispositivos removíveis
trabalhassem sob um mesmo padrão de interface, comum a todos.
- ATA-5: Este padrão, introduzido em 1999,
disponibilizou o UDMA/66, provendo taxas de transferência de até 66 Mbps.
O único "porém" é que para tal, é necessário um cabo de 80-condutores,
para que possa ser utilizada esta taxa de transferência maior. Caso seja
utilizado um cabo comum padrão IDE, o disco irá operar em modo UDMA/33. O
disco automaticamente detecta o tipo de cabo utilizado. A placa-mãe ou
placa de I/O deve ser capaz de suportar o padrão UDMA/66 para que possa ser
utilizado. Vale lembrar que a placa/controladora, possui apenas os 40 pinos
normais. Os 40 condutores extras são para "aterramento",
colocados entre cada condutor, para proteção, prevenindo interferências.
Em teoria, o cabo normal de 40 pios poderia funcionar se ele possuísse
qualidade e imunidade a ruído suficiente, mas não é rentável a
fabricação de um cabo nestas condições. Note que o cabo de 80 condutores
é muito mais delicado que um cabo padrão de 40 condutores porque os
condutores são mais finos para comportar os 40 adicionais.
- ATA-6: Este é o novo padrão
disponibilizado em 2000, fornecendo UDMA/100 com taxas de transferência de
até 100 Mbps. Assim como o padrão ATA-5, ele exige um cabo de 80 condutores,
caso contrário o disco irá trabalhar no padrão de UDMA/33. Lembrando
também que a placa-mãe ou placa controladora deve suportar este
padrão. Caso não tenha este suporte, o disco irá trabalhar em UDMA/33
ou UDMA/66, conforme o maior padrão suportado pela controladora.
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