Há pouco mais de dois anos, o mercado de computadores pessoais já carecia de memórias
mais rápidas para atender a insaciável demanda por velocidade dos usuários. Nesta época, a tecnologia DDR já era conhecida, mas muito
pouco difundida em virtude da campanha Anti-DDR liderada pela Intel, que tinha ?anunciado?, que o futuro das memórias seriam as memórias
RAMBUS, também conhecidas como RDRAM. Alem deste ?anuncio?, a Intel confirmou que sua nova linha de processadores, a linha Pentium 4,
trabalharia apenas (isso mesmo, somente, exclusivamente, unicamente) com as memórias RAMBUS, excluindo
qualquer hipótese e esperança para as memórias DDR entrarem como sucessoras das atuais PC-133. As memórias RDRAM eram extremamente
caras e sua performance, até os dias de hoje, nunca impressionou. Como se não bastasse, esta memória era fabricada apenas por alguns
poucos fabricantes e a sua disponibilidade de mercado era muito baixa.
No entanto, este cenário foi ideal para que uma grande virada de mesa acontecesse. A
AMD, arqui-rival e principal concorrente da Intel, estava lançando sua família de processadores K-7, hoje conhecida como Athlon e
Duron, que utilizavam memórias SDRAM convencionais, mas que precisavam desesperadamente de uma solução mais rápida para poder competir
no mercado. Essa solução tinha que oferecer tudo o que as RAMBUS não podiam, uma vez que sua velocidade, naquela época, era insuperável.
O mercado voltou sua atenção para a Nvidia, que fabricou o primeiro dispositivo do mundo a utilizar a tecnologia DDR, uma placa de vídeo
da família GeForce. Sua performance era bastante satisfatória, e seus custos, mais ainda.
As memórias DDR são muito similares as memórias SDRAMs convencionais. Seus pentes
possuem 184 pinos, 16 a mais que as memórias tradicionais, que possuem 168, Sua voltagem foi reduzida de 3.3v para 2.5v, o que, alem
gerar menos calor, reduz o consumo, e a torna ideal para o seguimento de Notebooks e para os amantes dos Overclocks A sigla DDR significa
Double Data Rating, ou taxa de dados dupla. Trocando em miúdos isso quer dizer que as memórias DDR são capazes de realizar o dobro de
operações por ciclo de clock. Ciclo de clock nada mais é que o ritmo em que o processador requisita as operações. Para que você possa
entender melhor, imagine que uma memória DDR de 200 MHz é na verdade uma memória PC-100 que executa duas operações por ciclo de
clock, ao invés de uma. Obviamente não é tão simples assim, mas dissecar o funcionamento das memórias DDR não é o nosso objetivo.
Outro detalhe interessante foi a nomenclatura adotada pelos fabricantes para identificar
as memórias DDRs. A nomenclatura PC-XXX, que especificava a velocidade de operação das memórias no
próprio nome, foi substituída em função da grande diferença existente entre as RAMBUS e as
DDRs. Comercialmente falando, uma memória PC-800 seria muito, mas muito melhor, que uma PC-200, o que dificultaria mais ainda a
introdução das DDR?s no mercado. A estratégia adota foi semelhante a AMD fez com seus processadores Athlon recentemente. A nomenclatura
adotada esta ligada à performance e não a freqüência de trabalho. Uma memória DDR PC-1600 não trabalha a 1600 MHz, mas é capaz de
transmitir 1600 MB por segundo, ou 1.6 GB por segundo. Confira a tabela abaixo, as velocidades e as taxas de transferência de cada
uma delas.
Tipo de Memória |
Velocidade |
Largura de banda |
SDRAM PC-100 |
100 MHz |
800 MBps |
SDRAM PC-133 |
133 MHz |
1.1 GBps |
DDR SDRAM PC-1600 |
200 MHz |
1.6 GBps |
DDR SDRAM PC-2100 |
266 MHz |
2.1 GBps |
DDR SDRAM PC-2400 |
300 MHz |
2.4 GBps |
DDR SDRAM PC-2700 |
333 MHz |
2.7 GBps |
DDR SDRAM PC-3000* |
370 MHz |
3.0 GBps |
DDR SDRAM PC-3200* |
400 MHz |
3.2 GBps |
RAMBUS RDRAM PC-600 |
600 MHz |
2.4 GBps |
RAMBUS RDRAM PC-700 |
700 MHz |
2.8 GBps |
RAMBUS RDRAM PC-800 |
800 MHz |
3.2 GBps |
*Ainda não existem chipsets capazes de trabalhar com essas memórias
Atualmente, a Intel e sua família de processadores Pentium 4 já trabalham com memórias
DDR, visto que esse tipo de memória foi imposta pelo próprio mercado como padrão, Sua performance esta mais próxima do que nunca
das memórias RAMBUS, e os fabricantes e usuários adoram-na pelo seu baixo custo. Mas ao contrario do que muitos possam pensar, as
memórias RAMBUS não estão com os dias contados. A tecnologia destas memórias ainda tem muito para expandir, principalmente se
considerarmos o fato das memórias SDRAM serem 64 bits e as RDRAM serem apenas 16 bits. Em pouco tempo, memórias RDRAM de 32 bits
estarão disponíveis no mercado e sua superioridade será difícil de se evitar. Hoje em dia o custo destas memórias caíram muito, e
não estão muito longe dos preços das memórias DDR.
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